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Mostrando postagens de março, 2016

Ateísmo e Moralidade

Acabei de voltar do Mercadinho Ossami, na Aparecida. Quando recebi o cupom fiscal percebi que um dos itens não havia sido incluído. Sem hesitar, comuniquei à atendente e tratei de pagar pelo produto. Estou certo que outros no meu lugar não tomariam  a mesma atitude. Sempre fui instruído a fazer o certo e agir em consonância com a ética. A educação cristã que recebi sempre enfatizou essas questões. Mas seria um erro epistemológico dar todos os créditos por minha formação pessoal ao adjetivo "cristã". A ética e moralidade são conceitos universais oriundos da filosofia que foram simplesmente usurpados pela religiosidade. A ética protestante, a moral cristã que muitas vezes são divulgados não passa de um apanhado de conceitos importados desconexo e por vezes hipócrita e confuso. Minha cunhada ontem falava do seu colega que ao mesmo tempo em que falava do muito dito e pouco praticado 'amor ao próximo' afirmava que a justiça, em alguns casos, só é alcançada através

Reforma

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O que mais precisamos é de uma reforma. Nos móveis, há cupins. Ratos fazem a festa descaradamente. Já tentamos algumas armadilhas, mas estes são espertos e ardilosos. São do tipo que roubam o queijo da ratoeira e voltam tranquilamente para desfrutar. A cada passo que damos o chão parece prestes a desmoronar. Apenas dedetizar de 4 em 4 anos não está sendo suficiente. Parecem surgir sempre novas pragas, mais resistente que as anteriores. Vamos reformar! Por mais que faça barulho, que incomode os vizinhos da direita e também os da esquerda não podemos parar. Juntos somos mais fortes!  Nada de pegar dinheiro emprestado. Façamos tudo conforme o nosso orçamento. Existem várias laranjas podres em nossa dispensa. Como sabemos, basta uma para contaminar as outras. Uma ou outra ainda parecem estar boas, mas temos que ter certeza antes de salvá-las. Outras estão realmente imprestáveis, completamente contaminadas. Já viu como está a cozinha? Quanta sujeira. Os móveis mais caros foram

Machismo de Saia

Não tenho muito contra o feminismo. Apenas acho que existem coisas mais importantes para direcionar minha atenção. Mas algumas coisas me deixam irrequieto. Bem estava eu rolando o dedo médio no mouse, checando meu feed de notícias no Facebook quando me deparei com um artigo na Internet compartilhado por meu amigo Janes. Nas linhas que se seguiam, tratavam o machismo como algo indigno e opressor - tomando por base uma publicação dos anos 50. Ora, tudo é uma questão de contexto e uma conjuntura em que se vive. Será que as mulheres da época em questão se sentiam realmente oprimidas ou encaravam a clausura como uma oferta de segurança? Garanto que muitas delas odiariam ter que trabalhar, enfrentar trânsito, as pressões do trabalho, TPM (pré e pós-menstrual) e tantas outras coisas que as aflige. Acho sim que buscar igualdade entre os gêneros, em alguns aspectos, algo realmente válido, mas algumas mudanças nos antigos paradigmas só tem trazido mais problemas para a sociedade. Nos a

Todos Contra o Rei

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Quando criança adorava ver meu pai discutir sobre política com seus amigos. Até a minha adolescência sempre lia os jornais para estar a par do que acontecia no cenário político brasileiro e local. Mas com o passar dos anos não via melhoras e isso me desestimulou. Percebi que um país intelectualmente alienado jamais pode ter voto obrigatório. Vi que um analfabeto não pode se tornar presidente e que uma democracia regida por uma maioria politicamente desinformada é fadada ao fracasso. Uma vez profetizou Marechal Deodoro da Fonseca: "República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça". Isso nos faz refletir sobre a validade dessa afirmação e nos faz ansiar por uma verdadeira manutenção nas engrenagens que movimentam a política brasileira.  Às vezes acho que nunca nos livramos verdadeiramente do regime monárquico. O que estamos assistindo, toda a politicalha que se desenrola nos faz ter nojo desse cosplay de monarca autoritário e absoluto.  U

Ninguém é Tão Bom, Lula!

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A condução do ex-presidente Lula para depor na manhã de ontem causou um furor nunca antes visto na história desse país. O combate à corrupção, que há muito esperávamos, enfim se concretiza. Estão caindo pessoas dos mais altos escalões do poder: ministros, senadores, prefeitos, governadores, assessores, juízes e até mesmo o "intocável" Luiz Inácio. O homem que se dizia ser o "filho do Brasil" está sendo deserdado. Se tornará um filho bastardo e dos mais odiados pela Pátria-Mãe-Gentil que agora abdica de sua gentileza.  Nunca o desejei mal, pois reconheço que fez um bom governo, realmente com bons interesses, principalmente voltando projetos sociais direcionados aos mais vulneráveis. Entretanto, Lula sempre foi apenas um testa-de-ferro do Partido dos Trabalhadores, um fantoche - na pura acepção da palavra.  Sempre desconfiei do PT desde que vi que nos anos 1980 artistas metidos a intelectuais o apoiavam publicamente ou quando descobri que Hitler pertencia ao

Peixes Pequenos

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Comentei em outro texto as maravilhas que o meu novo emprego tem proporcionado, mas, ultimamente, descobri uma nova atividade: pescaria. Por algumas vezes tive a oportunidade de pescar com outros funcionários do hotel e agora entendo porquê é uma atividade tão aprazível ao gênero masculino. Hoje, aproveitando a baixa ocupação, terminei bem cedo meu trabalho e pude ir à praia pra me exercitar. Resolvi levar uma linha, anzol e algumas iscas para tentar fisgar alguns peixes. O problema é que sempre que vou à pesca tenho a intenção de pegar peixes menores, pois são mais fáceis de retirar da água e corro menos riscos de machucar as mãos.  Fiquei pensando se isso não seria um reflexo da vida atual que estou levando.  Já foi um plano meu ser grande. Pra ser honesto, eu queria mesmo ser o maior e mais influente intelectual de todos os tempos! Plano esse que se encontra cada vez mas coadjuvante em meio aos meus devaneios e delírios. Se tratando de mulheres, foco nas mais vulnerá