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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Café na Maternidade e Evolucionismo

Voltei para o leito para ficar com minha mulher e filho na maternidade e acabo de passar por uma experiência fascinante. Estava no refeitório tomando café com outros acompanhantes. Até aí tudo bem, mas logo percebi que das 4 mesas dispostas 1 delas estava ocupadas por mulheres. Nas outras 3, 1 homem em cada. Enquanto as mulheres conversavam, os homens permaneciam em completo silêncio. Contato visual? Jamais. O primeiro que chegou (eu) se sentou de costas para a mesa das mulheres. O segundo, de costas para o primeiro na mesa diametralmente oposta. O terceiro, de lado para os dois primeiros, sempre olhando para a parede a sua frente. Aí você me pergunta: o que há de fascinante nisso?  Me refiro ao evolucionismo e o quanto o comportamento das savanas se manifesta em nossa vida cotidiana. Vejamos: numa perspectiva evolucionista, especula-se que enquanto o homem saía para caçar, as fêmeas ficavam com a prole na aldeia socializando entre si, saindo em grupos para coletar frutos e raízes

Homo Arcaicus

Espero que envelhecer não seja tão complicado e que eu não seja o tipo de sujeito velho e, como se não bastasse, antigo. Sim, existe uma diferença entre ser velho e ser antigo. Enquanto a velhice está relacionada ao nosso estado físico, ser antigo está mais para uma categoria espiritual. Ou seja, todo homem antigo é velho, mas nem todo homem velho é antigo. E a esse ser velho e antigo é o que chamo Homo Arcaicus .  Mas, como reconhecer o Homo Arcaicus ? Bem, algumas décadas atrás nossa espécie tem dado saltos tecnológicos absurdos. O sistema capitalista cada vez mais aperfeiçoa os métodos de produção e cria uma atmosfera propícia ao desenvolvimento científico.  Dado o ineditismo desta experiência, vemos os bebês do pós-guerra - hoje às vésperas de adentrar à Terceira Idade - sucumbir às novas tecnologias, tendo dificuldades impressionantes de aprendizado e uma certa recusa às novas formas de fazer.  Notamos um mundo em transformação.  Nosso modo de se relacionar com outras pessoas

Escolhas, Livre-Arbítrio e Paternidade

Tive durante muito tempo a obrigação de ir à igreja. Creio que muito do que poderia ter aprendido antes na minha formação pessoal foi postergado por conta do isolamento e alienação que a religiosidade cristã proporciona aos seus adeptos.  Música, dramaturgia, artes, ciências, cultura... tive comprometido meu aprendizado por se julgar certas coisas como mundanas, impuras ou impróprias e incoerentes com a postura esperada de um homem de fé. Hoje comprei alguns sapatinhos para o meu filho e, dentre eles, um par do Flamengo e outro do Corinthians, que é o time para o qual minha companheira torce. Refletindo, vi o quanto posso influenciar os gostos, anseios e perspectivas do meu Leozinho. Entretanto, tentarei não ser um sujeito inflexível em certos pontos. Garanto que ele terá toda a liberdade de escolher seu posicionamento político e religioso, que poderá escolher para qual time torcer, qual área escolherá para atuar profissionalmente.  Claro que não me espantará que ele seja um vas