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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

A Vida Póstuma

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Friedrich Nietzsche  Será que eu não fui feito para o mundo ou o mundo não foi feito para mim? Tenho essa mesma dúvida e me faço essa pergunta quase todos os dias. Assim como Nie zsche, tenho a impressão de que nasci póstumo.  Isso porque experimento de  extremos problemas em adaptar-me ao mundo em que vivo. Sinto que as coisas, das formas como elas são, configuram-se patologicamente instável, tudo fora do lugar. No mundo de hoje, todo mundo tem o dever de escolher uma religião, trabalhar e encontrar um grande amor. A minha religião eu não escolhi: fui adestrado pelo comportamento da minha família e fui praticamente obrigado a ser adventista – com certeza, se estivesse nascido no Japão tinha grandes possibilidades de ser xintoísta. Mas, felizmente, fui liberto e fui levado a ser ateu. Quanto ao trabalho, sou extremamente reticente. Penso que, seguindo Domenico de Masi, o trabalho hoje em dia é algo retrógrado e maledicente ao verdadeiro espírito humano. Tenho extrema difi

Malévola

Um dia desses cheguei em casa após mais um dia de trabalho e menos um de vida. Sentia frio, sono e algumas sensações estranhas me ocorreram: senti falta de alguém. Parafraseando Kant, o sentimentalismo afeta os julgamentos.  É muito incomum a saudade em mim porque eu categorizo  as pessoas  em 3 tipos . Ou seja, existem aquelas que eu tolero, as que eu não gosto e repudio suas presenças e, as mais raras, são as que gosto e sou capaz de sentir falta. Conversava com minha "quase sobrinha" Johanna. Ela, assim como eu, é uma solteira convicta. Sugeriu que eu, assim como ela, comprasse um gato. Ela já tem o seu bichinho que, estranhamente, recebeu o nome de "Malévola". Digo "estranhamente" porque acho os gatos umas criaturas muito afeminadas. Um homem heterossexual nunca deve ter um gato. Não consigo ter medo de um felino como esses. Parece muito incompatível um gato ter um nome de Malévola. Enfim... Mas eu não senti falta de uma namorada simpl