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Porquê Chamo Meu Filho de Príncipe

Nesses meses em que a paternidade passou a fazer parte da minha vida, algumas coisas têm me chamado a atenção. Coisas como a sensação instintiva de obrigatoriedade de cuidar da criança, as respostas inconscientes ao choro, o imediatismo requerido pelos bebês, etc.  Nesse meio tempo, uma das formas que passei a chamar meu filho foi "Píncipe" - numa clara infantilização da palavra.  O fato é que, como um príncipe, bebês esperam que suas decisões sejam respeitadas e obedecidas. Como um regente monárquico, bebês esperam tributos na forma de excedentes da produção de alimentos. Tal qual um príncipe português de um período específico da nossa história, um bebê exige a quinta parte da produção do ouro para a manutenção da opulência e mordomias da sua boa vida na corte.  Posso jurar que em meio aos seus reclames já ouvi algo do tipo "O Estado sou eu" saindo de sua banguela, repetindo a frase daquele famoso regente absolutista francês. O jornalista Laurentino Gomes, e